O caminho...

Intento, ainda acanhada, entregar-me às letras, sílabas, palavras, frases e o que se pode obter dessa junção. Coisa linda a mistura das palavras.


Sempre fui encantada pela nossa Língua e tive a oportunidade de ter como mentora, na antiga quinta série, a professora de LP Maria Alice.

Seu saber e envolver a todos nós, seus alunos, fez-me, literalmente, apaixonar-me por uma mulher aos onze anos de idade

Paixão platônica, pueril, inocente e verdadeira. Nascida da admiração do saber e ir além fazendo os outros também participarem desse conhecimento espetacular, quanto se trata de se entregar à Língua Portuguesa.

Vivo pelos cantos, tanto internos quanto externos, de caderneta em punho e caneta entre os dedos. Do nada, vejo uma imagem ou ouço uma palavra perdida num bar e dali parto para uma história vinculada à alguma vivência minha, da infância difícil até a executiva promissora, e me abro para o mundo das letras.

Meus dedos percorrem rapidamente a caderneta anotando o que me for possível trazer à tona, num momento posterior, de pura entrega, dedicar-me a misturar palavras, ritmos, sentidos, além, de uma boa dose de singularidade.

É assim que construo sem pressa meus poemas, versos, sonetos, também minhas crônicas, prosas e contos.

Foi a poesia que me salvou de me destruir na minha mais pura e insólita melancolia.

Foi a poesia que me salvou de mim mesma, impediu que eu ultrapassasse a linha da imaginação e fosse para algum lugar nunca antes visitado.

É a poesia, o verso, a magnitude da construção literária que me mostram quem realmente sou.

Oras posso valer até um milhão, mas sei tão bem que não valho sequer um tostão.

Humana sou.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Carlos Drummond de Andrade

"Entendo que poesia é negócio de grande responsabilidade e não considero honesto rotular de poeta quem apenas verseje por dor-de-cotovelo, falta de dinheiro ou momentânea tomada de contato com as forças líricas do mundo, sem se entregar aos trabalhos cotidianos e secretos da técnica, da leitura, da contemplação e, até mesmo, da ação”.

5 comentários:

Anônimo disse...

Cara Gill, sim, quantos se auto-rotulam poetas com qualquer reunir de palavras num formato, ou pior, com um rimar ridículo qualquer, sem saber ver a poesia - esta alta tecnologia que nao custa nada- mas tem que treinar os olhos de ver, a alma de sentir. (rs) Beijos mil, poesia!

Tânia Barros

Ana Gill disse...

Tânia, deliciei-me com teu comentário.

bj


gill

Srta. Coisa disse...

não sei Gill.. por vezes penso que poesia está mais em gestos que em palavras... aí os poetas nem sempre precisam de letras...
um beijo

Anônimo disse...

Viver é uma arte!
Ser poeta é saber viver...
encontrar no por do sol
inspiração para um final de dia...
é olhar a lua e sentir paz...
Diante o mar, conseguir levitar...
eh refletir sobre a vida admirando
a delicadeza de uma borboleta tocando uma flor...
Ser poeta (para mim) é encontrar
felicidade nesses pequenos-grandisos momentos, fazendo deles
uma forma plena de viver e ser feliz!


Conheço Porto Seguro, Arraial, Trancoso...energia boa circula por aí...poesia solta no ar...

Sou nordestina, Piauiense!

rs.

Te encontrei, através da Val.
(Valéria)


bjin

Anônimo disse...

Viver é uma arte!
Ser poeta é saber viver...
encontrar no por do sol
inspiração para um final de dia...
é olhar a lua e sentir paz...
Diante o mar, conseguir levitar...
eh refletir sobre a vida admirando
a delicadeza de uma borboleta tocando uma flor...
Ser poeta (para mim) é encontrar
felicidade nesses pequenos-grandisos momentos, fazendo deles
uma forma plena de viver e ser feliz!


Conheço Porto Seguro, Arraial, Trancoso...energia boa circula por aí...poesia solta no ar...

Sou nordestina, Piauiense!

rs.

Te encontrei, através da Val.
(Valéria)


bjin