Palavras, poesias, poemas, versos, sonetos, estrofes, contos, crônicas, pensamentos, devaneios...
O caminho...
Intento, ainda acanhada, entregar-me às letras, sílabas, palavras, frases e o que se pode obter dessa junção. Coisa linda a mistura das palavras.
Sempre fui encantada pela nossa Língua e tive a oportunidade de ter como mentora, na antiga quinta série, a professora de LP Maria Alice.
Seu saber e envolver a todos nós, seus alunos, fez-me, literalmente, apaixonar-me por uma mulher aos onze anos de idade
Paixão platônica, pueril, inocente e verdadeira. Nascida da admiração do saber e ir além fazendo os outros também participarem desse conhecimento espetacular, quanto se trata de se entregar à Língua Portuguesa.
Vivo pelos cantos, tanto internos quanto externos, de caderneta em punho e caneta entre os dedos. Do nada, vejo uma imagem ou ouço uma palavra perdida num bar e dali parto para uma história vinculada à alguma vivência minha, da infância difícil até a executiva promissora, e me abro para o mundo das letras.
Meus dedos percorrem rapidamente a caderneta anotando o que me for possível trazer à tona, num momento posterior, de pura entrega, dedicar-me a misturar palavras, ritmos, sentidos, além, de uma boa dose de singularidade.
É assim que construo sem pressa meus poemas, versos, sonetos, também minhas crônicas, prosas e contos.
Foi a poesia que me salvou de me destruir na minha mais pura e insólita melancolia.
Foi a poesia que me salvou de mim mesma, impediu que eu ultrapassasse a linha da imaginação e fosse para algum lugar nunca antes visitado.
É a poesia, o verso, a magnitude da construção literária que me mostram quem realmente sou.
Oras posso valer até um milhão, mas sei tão bem que não valho sequer um tostão.
Humana sou.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
O cessar da nossa história
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Mãezinha
Balanço calculado (errado)
Foi tu que neste quintal,
The Voice 2015 Sawyer Fredericks - Top 10: "Iris"
Beautiful boy,
Beautiful voice,
Beautiful hair,
Beautiful soul
Unique, Sawyer.
Contramão
sábado, 16 de janeiro de 2016
Padecer sem ser
sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
domingo, 3 de janeiro de 2016
Luz tardia
Luz tardia
Agonia
Gélida
Também fria.
Está tudo tão vazio
E o nevoeiro ainda teima em ser tão rude
Batendo incansável nas minhas janelas - antes belas e belas -
Enquanto isso sinto aqui bem dentro de mim
Sim, no meu peito pequeno,
A sangria da ida sem volta.
Enquanto isso sinto aqui
Sim, bem dentro de mim,
No meu peito pequeno
A sangria da volta sem ida - tardia e desconhecida.
Por fim voltei para casa
Voltei talvez para mim
Confesso que queria poder assim lhe dizer:
- Querendo ou não gostaria de estar junto a você, só você.
Meu amor mesmo reinando soberano
Frente a esse nevoeiro reticente
Teimando em cair e dispor-se a apoquentar-me como se fosse um desejo pessoal
Vim sem pensar muito no depois, no voltar.
Foi de estalo pois, precisava eu agradecer
Mesmo sem bem saber direito o quê ou a quem
Se a ti ou talvez outro alguém - bem -
Deixemos isso para lá
Agora é pouco - não mais importa - nem vigora.
Vim, sim, acho que é assim,
Dizer o quão grata sou a você - a certeza, o instante, teu merecer
Sim, vim, acho que é assim
Dizer o quão sou grata a você - a certeza, o instante, o longe querer.
Grata a quê?
Difícil ou fácil de resposta ater?
O quão sou grata?
Difícil ou fácil de resposta emitir:
Grata por ti
Em contrapartida, também grata a ti
Por mim, de mim.
Luz tardia
Agonia
Gélida
Também fria
Meia volta
Foi descansar
Não mais aqui
Talvez, quem sabe,
Lá,
Beira mar.