Nua,
Crua,
Tanto por dentro,
Quanto por fora.
Dentro dela também um vazio a envolve,
Depois se auto expele pelo nariz, olhos e outros poros.
Ela deixa a casa,
Segue rua adiante,
Caminha e não repara,
Em quem nela repara,
Somente frente a uma vitrine,
Percebe seu corpo desnudo.
Plateia pequena ovacionou,
Ela sequer se abalou,
Se, era ordinária e vil,
Os demais filhos de putas,
Que nenhum sequer pariu.
Desnuda, despida, seca e também incrédula,
Ela percebeu a quão vil e ordinária poderia ser.
Praguejou a todos que a rodeavam,
Ofendeu mães, filhas, pais, talvez até tias,
Nem por um momento sentiu pesar,
Agora aquilo que se fazia resto,
E resto se joga no lixo.
Resto essa mulher não iria mais ingerir
Resto alguma essa mulher se permitiria,
Deu-se conta de que só haveria,
Uma única maneira de ajuizar:
- Ou seria do jeito dela,
Ou ele poderia à casa da mãe retornar.
Se por um tempo ela permitirá,
Que ele logo a moesse como lixo orgânico.
Agora, seca e vazia,
A explorar seu papel vil,
Não seria a morte dela,
Arranco-te da casa, sem nada,
E lanço com essa força que ganhei,
Um merecido pé na sua bunda.
Tratar logo de escolher,
Em qual estrada tu,
Problema teu, neném,
No meu ventre não te carreguei,
Nem em meus seios te amamentei.
Ponha-se daqui para fora,
E, por definitivo, esqueça,
Para mim foi uma década de azaração,
Consolo-me, porém, em saber,
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