
Sonhei um sonho
Noturno
Lento
Profundo
Gostoso
De ser sonhado.
Nele vi Isabela
Fazendo jus ao seu nome claro
A face reluzindo ao ar.
Depois avistei Maristela
Algo incomum aconteceu,
Foi Joana quem eu cumprimentei.
Em seguida vi Franciscana
Atravessando a calçada escura
Alto gritei: Olá dona.
Quando avistei Ana
O olhão azul a brilhar
Vi neles minha sombra
Agradeci e tomei rumo.
No bar da esquina
Foi com Fabiana que conversei
Danada, conheço-a bem
Querendo me fazer crer
Que ainda não tem ninguém.
Atrás da praça esverdeada
Nena compareceu
Acenou sorridente
O sorriso de sempre
E voltou para casa
Confidenciou-me que aprendera
Uma nova receita
E ia por em prática
Para a família meio afoita.
Sonhando caminhei um pouco mais
E não é que dei de cara com um belo rapaz?
Veio ao meu encontro falou oi
Eu tonta não soube o que fazer.
Gerri apareceu
Contou do seu novo dever
Resmungou um pouco
A falta de tempo pra tudo
E foi embora antes de eu
Sequer mencionar oi.
João passou por mim
Sorriso escancarado
Tascou um beijo na minha cara
E foi curtir uma farra.
Pedro cruzou com pressa
A calçada esburacada
Cumprimentou-me com leveza
E de costas acenou
Deu para escutar
O estalo do beijo no ar.
De repente sem esperar
Sebastião resolveu
De novo e como sempre
Ficar a me azarar.
Lucca veio logo ao meu encontro
E gentil como sempre
Arrancou-me daquela situação
Adeus azaração.
Trazia embaixo do braço
Um buquê de rosas brancas
Pediu que eu entregasse
À sua mãe na quitanda.
- Tá bom menino, tá bom.
Agora vou embora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário