
O medo abriga-me e embala-me
O medo faz-me pequenina e adulta
O medo carcome meu estômago
E também debulha meus pensamentos.
O medo é cruel, é dolorido, dói
Assemelha-se a arrancar as entranhas
O medo vem a qualquer hora, não marca visita
Aparece e se estabelece de alguma forma.
O medo que sinto é o medo de viver
Sinto medo do ar que respiro
Sinto medo da dor que me sufoca
Sinto medo do amor que me protege
Sinto medo do calor que me conforta.
O medo é desumano
O medo se faz a qualquer um
Sem avisos prévios
Simplesmente aparece
E com ele traz as angústias de senti-lo.
O medo dói
O medo dói.
O medo corrompe
O medo não elege quem vai atacar
Aleatoriamente finca pé num ser
E faz dele sua vingança
Sua raiva em poder.
O medo dói.
O medo dói.
Acalanta-me.
Acalanta-me.
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