
Deselegante e pouca educada
Ela incute-se sem permissão
Apressada faz do meu corpo sua repartição
Um meio, um fim, nenhum não.
Alardeia meu corpo fraco e insensato
Por ela há tempos melindrado
Peço:
- Não venhas! Não venhas! Não venhas!
À toa minha pronúncia
Brada o meu corpo deslocado
Por ela dia-a-dia insultado
Em ataques agudos e violentos:
- Aqui hei de ficar! Este é o meu devido lugar!
Com o corpo corroído de dor
Grito baixinho:
- Não. Não e não.
De nada adianta
Ela chega e me espanta
Impiedosa e sedutora – maldita -
Ligeira se infiltra
Queimando minha pele
Esfumaçando minha mente
E rasgando meu coração.
De novo me alcançou
Está presente
Está comigo
Lava suas mãos
Enquanto esfaqueia meu corpo
Com uma canção.
Alguém me pergunta seu nome
Simples questão que está
Profunda a me praguejar
Apresento-a: Depressão.
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