
Sei que tudo se passa nas mentes embaraçadas
Tudo enlaçado feito corda de brincar
Pendurando penduricalhos afoitos a saltar
Vistos sem rigidez, vistos com timidez
Mentes desassossegadas prontas pra enlaçar
O bem e o mal do passado
O bem e o mal do futuro
O querer igual do minuto
O sabor desigual do furto.
Vem e vão
Sempre sozinhas na contramão
Purificando o ar empobrecido
Entristecendo corações ora enternecidos
A passear sem pressa pelas calçadas
A vigiar os passos dos emudecidos
Sendo somente mais uma forma
De fortalecer alguns enfraquecidos.
Supondo que para sempre assim será
Sentam-se no muro do quintal da casa de lá
Põem-se a contemplar cautelosas
As horas, as horas e as horas
De reparar no brinquedo doado
Que enfeitiçará o lado fadado
A ser somente mais um sôfrego não
Chorando na palma da própria mão.
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