
Esfregou a cara no chão
Quando reconheceu no meio da multidão
A falta de destreza
Aliada à algumas confusões
E, também, a medíocres opiniões.
Sinto muito lhe informar, meu caro senhor
Que a partir de agora
Tu para sempre viverás
Com a cara encaracolada
Pela opinião do único e, dito, existente
Chamado, soberbamente, de poderoso amor.
Mesquinho, como já se mostrou,
Jamais dividirá,
Seja com qualquer vulgar,
Mesmo que temerosamente dele se aproximar.
Isso sem falar
Que quando estabeleceu sua atitude
A ninguém recorreu uma posição
E para os lados ele sequer
Dirigiu um único olhar
Quando se pronunciou
De forma pecaminosa, já é dele,
A todos os humildes
Todos mesmo e mais os doentes
Conquistaram ao longo dos anos
Tendo a a eles como aliados
Somente o tempo perturbado.
É, meu caro senhor
Para ninguém, sinto muito lhe dizer,
Nadinha de nada restou.
Sinto ainda ter, meu caro senhor,
Algo mais para dizer:
De agora em diante
Tu passarás somente a ser
Mais uma forma de viés
No reino onde a bebida
Mergulha cara e talante
Para os que foram apadrinhados
Pelos de gravatas e avantajados
Saboreiarem empiricamente
Seus apetitosos coquetéis.
Era somente isso, meu caro senhor
O motivo que a ti, a essa hora,
Tempestuosamente e sem pestanejar
Impulsionou-me, mesmo ciente,
Que nulamente algo eu tinha a lhe informar.
Agora só cabe a mim
Pedir sua interferência
Quem sabe com o coração sangrando
Por reconhecer essa miséria toda
Tu possas alguma coisa,
Seja lá de qual forma,
Tentar realizar
Para algumas vidas
Tu conseguires salvar.
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