
Inundada pela dor da separação
Agarra sua única escapatória – rezar -
Para tentar tirar do coração
O homem que a fez amar.
Insana
Corrompeu-se pela dor do amor
Num intento forçado ainda chama
Aquele que agora a ignora.
Insana
Privou-se da suavidade
Acredita que sem ele a vida não mais terá sabor
Acredita que sem ele esquecerá o significado de amor.
Insana
Abalada, singela e quase coitada
Esforça-se para agüentar a ausência do rapaz
Que a partir de agora
Aos sábados não virá mais.
Insana
Deixou de se alimentar - sente-se fraca -
Embasbacada está
Perdida num indesejado lugar.
Insana
Ajoelha-se no cimento frio
Pede a Deus que lhe dê forças para esquecer
O amor que morreu
O amor que morto está.
Insana
Ao terminar sua oração
Senta-se no canto esquerdo da cama
Vê-se uma menininha ‘tadinha’
E pensa em sua vivida ‘historinha’.
Insana
Perdeu de vez seu bem querer
Nada resta a fazer
As lembranças o tempo há de consumir
E o amor o tempo há de destruir.
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