
Ela me fita. Maldita. Soberana.
Faz-me sentir menor do que me reconheço
Pareço grande, mas sou pequena
Ela gosta e acaba por me tornar
Um pedaço da minha crença- maldita doença.
Apropriada passeia pelos meus pensamentos
Almeja minha alma, esse tormento
Talvez eu entregue o que ela quer
Sou humana, sou minúscula, sou mulher.
Com coragem e arrepiada
Fito-a por alguns instantes
Tenho medo, viro-me
Ela é grande, pra mim gigante.
Dou partida, vou de primeira
Lenta, faço de conta que vou embora
Mas continuo ali parada
E ela a me olhar tão desencantada.
Bem sei por que de mim se apropriou
Do que já fui, do que ainda sou
Maldita minha parede vermelha
Virei sua presa, sou seu horror.
Um comentário:
Sempre me perco nas entrelinhas das poesias... Terei de tornar a ler este texto mais vezes para compreender o que vc quis dizer. Mas acho que o mistério da poesia é justamente cada um interpretar as palavras ao seu modo.
Então, Gill,acho que a parede te queria de volta... não fuja dela. :D
Beeijos!
e... eu gosto das suas imagens. ♥
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