
Possuo um tablado, um tablado minado
Outrora se perdeu, cabal e esgotado
De forma duvidosa e tola foi escravizado
Fiquei só a observar algumas plantas.
Plantas malditas e pequenas
Plantas paradas, mudas e caladas
Plantas que o vento movimenta
Assenta e faz murchar
Penso em gritar... Elas não ouvirão
Vacilo. Discorrer com plantas
Seria o início do meu exilo
Retrocedo afiada e falida.
Mas pondero e delibero, logo brado
Em grave e tom bem aguçado:
- Plantas empacadas despontem daqui!
Plantas empacadas despontem daqui!
Voem rápidas auxiliadas pelo ar
Laqueiem suas caras
Suas caras de azar.
Devolvam meu palco
Tarde ele regressará
Não importa, aqui estará
Em seu legítimo lugar.
Plantas, depressa, tenho que passear.
3 comentários:
Tablado........Ah! tablado.....
Sonho de muitos, realização de poucos, espera de todos.
Remete-nos à vida melancólica.
Muito Lindo Gill!!!
Parabéns por mais um feito!!
A cada dia me surpreende mais!!
Te amo!!
Se cuida!!
Beijos Ui
Olá! nossa este poema está demais! adorei!li umas 4 vezes! muito legal!é não é bem essa a palavra...
mas ta muito bom!
abração!
Bélissima poesia, Gil.
Deu carne a essa ode ao vegetal rs
beijo.
- Lucius -
Postar um comentário