
O brincar das ondas mortas
O tilintar das marés vazias
Os movimentos soltos, à revelia
Na tua vida, pelos nossos dias.
Por onde andas ó menino desajeitado
Onde se embocou agora, outra vez enganado?
Tudo espero menos que permaneça recatado
Grita e estarei a teu lado.
Por onde andas ó menino atrapalhado
Donde se enfiou, novamente fechado?
Tudo espero até que estejas confuso
Grita e adormecerás ao meu lado.
Há a terra onde pisou brincando com as ondas
E as marés abandonadas todas vazias
O tilintar, os movimentos, aprazias?
Menino tens jeito: Contagia.
Carente, abastado, estatelado
Pequeno, ingrato, mal educado
A vagar sem rumo e sem norte
Passeou pela casa da minha triste sorte.
Por onde andas ó menino calado?
Onde estás nessa noite melancolicamente fria?
Gira correndo pra casa, serás perdoado
Somente tu para embalar os meus dias.
O mangar do alvoroço findou
Entre sons e espíritos desocupados
O abalo solto, finalmente, foi enlaçado
Em nossos caminhos frágeis e eternizados.